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segunda-feira, 31 de outubro de 2022
domingo, 30 de outubro de 2022
Símbolo da Paz
Que o Verde-Brasil das nossas matas, com modos republicanos, ele (o verde) e elas (as matas), por augusto dever, sejam preservados para as gerações e gerações de brasileiras e brasileiros.
Que o amarelo-ouro das ricas terras indígenas não caia nas meras mãos de garimpeiros mercurizados.
Que o azul-anil dos nossos mares, dos céus do Brasil, seja cuidadosamente exaltado, elevado aos céus dos nossos mais caros sonhos.
As cores verde e amarelo, cujas raizes vêm dos brasões dos Braganças e dos Habsburgos, reais famílias plantadas em solo pátrio. Cores essas transplantadas para a República e seus intentos.
Vultoso o afeto em nosso peito varonil, do alto desse imenso pavilhão contemplamos o futuro com justiça, com amor pelo povo demasiado sofrido.
E esse céu no qual o branco-rei se dobra ao azul-majestoso, cuja paz transcende as dores ou festas, que excede toda serenidade.
Sagrado símbolo, pendão da esperança, esplendor das estrelas, que o seu significado jamais, por partidarismos, seja ultrajado.
Nessa amada terra há de progredir o positivismo comteano, o qual não agride a ordem natural dos rios que lavam o bem, que seguem com absoluto respeito à natureza das coisas mais simples.
Ismael Machado
sábado, 29 de outubro de 2022
sexta-feira, 28 de outubro de 2022
What’s on Earth
Há desolações pungentes
em corações outrora ardentes.
Há mãos famintas pedindo migalhas.
Há guerras e rumores, dominações
e políticos sem pudores.
Há crimes, prisões, desmatamentos,
decepções, dores, sofrimentos e frustrações.
também tem alguma esperança
brilhando nos olhos inocentes daquela criança.
terça-feira, 25 de outubro de 2022
Supostas prisões
que prendem os moribundos
aos seus leitos de dores, dos quais
somente a morte vem libertar depois.
Há prisões que badalam os seus sinos,
chamando os inocentes ou pobres pecadores
às suas celas de doutrinas,
para as quais os incautos prisioneiros
caminham ainda cheios de esperanças.
Há prisões em si mesmo, as quais prendem mais
do que as grades de metais das cadeias,
donde é difícil se soltar. Necessitam psicólogos,
psiquiatras, quais carcereiros, para ajudar
na soltura de traumas e tramas
das celas escuras do inconsciente.
Há prisões em transtornos e em suas literais pretas tarjas.
segunda-feira, 24 de outubro de 2022
De pirata, esse coração
que me afugenta e fujo e navego
e singro introverso ou contra o verso.
Poemas são cartas controversas
endereçadas ao meu coração,
serão lidas sim, por toda uma vida.
Libertas quae será tamen eis o meu lema,
pois em cada linha eu o professo.
Ismael Machado
domingo, 23 de outubro de 2022
Rosas mudas
As rosas já nem choram mais, cansadas, estão caladas,
Sem o seu perfume, as rosas meramente brilham
aos olhos lacrimejados, sem a sua beleza, o sorriso
ficou perdido na mente, sem qualquer (en)canto.
N’outras paragens, quiçá numa vida desconhecida,
com outras rosas, reflorescidas, minh'alma cantará.
Outra vez, ali, talvez, baterá meu coração e daqueles olhos,
de chorar, tristonhos, com esperanças, ressurgirá outro sol
que os olhos tresloucados, desmesurados, decerto, verão.
o que será que as rosas dirão?
sábado, 22 de outubro de 2022
Sonhos nos desvãos
sexta-feira, 21 de outubro de 2022
Na Casa da Poesia
roxos duma saudade, ali, elas, depostas sobre o meu corpo,
morto, num ataúde, gélido, para sempre adormecido
e depois sepultado num jardim fechado, em névoas,
onde florescerá em novas flores, em novas estrofes,
plenas de natureza, de um’outra beleza no rumo
do fim do exílio ao longo deste mundo, lá onde
as borboletas eternas irão poisar circunspectas.
Bem sei que irei além dessa névoa ou nada,
serei colocado na terra, ao lado duma sequoia milenar,
serei plantado no solo fértil do coração dos leitores
ávidos de toda beleza. Sinto quanto é curto o amor,
tanto longo, dele, o olvido, daquela pungente dor.
Ismael Machado
quinta-feira, 20 de outubro de 2022
segunda-feira, 17 de outubro de 2022
Areia x Asfalto
domingo, 16 de outubro de 2022
sábado, 15 de outubro de 2022
Dia do(a) Educador(a), 15.10
Paulo Freire
sexta-feira, 14 de outubro de 2022
quinta-feira, 13 de outubro de 2022
Toda janela é um pouco segredo
quarta-feira, 12 de outubro de 2022
terça-feira, 11 de outubro de 2022
segunda-feira, 10 de outubro de 2022
Lágrima de preta
António Gedeão, "Poemas escolhidos", Lisboa, Sá da Costa, 1997.
sábado, 8 de outubro de 2022
sexta-feira, 7 de outubro de 2022
Sobre linhas e letras
Faz um tempo eu quis compor versos que alongassem a vida, fossem além do esquife do tempo.
Naquele tempo
te vi tão linda que o vento sussurrou em meus olhos toda uma imensa juventude,
cabelos negros e flores tenras.
As flores viverão sempre belas nesses versos, na luz desses olhos claros, ainda que ressequidas de memórias e guardadas em escrínios.
Eu sou um só, sou só um eu. Perto do fim está o começo, e o amor ainda estava lá no princípio dos seus e dos meus dias.
Faz um tempo, eu juro, eu compus longos versos, ainda mais longos que os seus cabelos, e eles, os versos, não tinham um fim.
Aquele livro ainda está aberto e os sonhos, de per si, caminham sobre suas linhas e letras.
As linhas se levantam e as letras falam aos homens, querem lhes ensinar lições para viverem bem os seus breves dias tortos.
Ismael Machado