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quinta-feira, 13 de julho de 2023

Para José, o céu...

José Celso Martinez Corrêa 
Araraquara30.03.1937 
São Paulo, 06.07.2023), conhecido como Zé Celso, foi um diretor, ator, dramaturgo e encenador brasileiro.

domingo, 9 de julho de 2023

A paz mundial começa na sua casa


Você quer viver melhor e contribuir com a paz mundial?
Então, volta para casa e ama a sua família. 

Madre Teresa de Calcutá

segunda-feira, 3 de julho de 2023

Casa da Saudade, número 19

Aquela casa ficou-lhe apertada de saudades de quem já não havia mais, por isso mudou-se, sem mudar a dor que levou consigo, apertada na bagagem do peito. 

 

Ouço uma anhuma com seu alarde a nos anunciar o perigo maior: a morte de muitos, mais de quinhentos mil, isso somente no Brasil.

 

Uma multidão de amores, de repente, abruptamente, morta. Há um aperto no peito, um vazio na casa e o poeta pôs-se vestido de saudades vivas... agora, como despir-se delas?

 

Saudade palavra de três sílabas, três consoantes, quatro vogais e um alfabeto inteiro de certo amargor, saudade é uma rosa de pétalas melancólicas, mas bem parece espinho cheirando flor.

 

A anhuma de novo alerta com alarido, pois há um grave perigo na esquina, um vírus numerando as partidas, continuamente, rapidamente, ceifando vidas incontáveis, feito o anjo mortal.

 

Pela manhã o toco-toco virá dos pântanos, com seu canto distinto, canto de belezas, de todo modo intentar nos consolar. Com seus voos diversas anhumas tracejam cruzes, meio milhão delas nos ares sombrios, suas asas estão pesadas de tristezas.

 

Um dia triste, sem saúde, sem oxigênio, com imensa dor mais uma pessoa finda o seu tempo, num certo dia morno, morto... Foi-se o dia dezenove de junho da era de dois mil e vinte e um da graça salvífica. Saudade é palavra inominável no peito e traz à lembrança o ente querido, que por ela, jamais será perdido.

 

Ismael Machado

domingo, 2 de julho de 2023

Poema de amigo aprendiz


Quero ser o teu amigo. 
Nem demais e nem de menos.
Nem tão longe e nem tão perto.
Na medida mais precisa que eu puder.
Mas amar-te sem medida e ficar na tua vida,
Da maneira mais discreta que eu souber.

Sem tirar-te a liberdade, sem jamais te sufocar.
Sem forçar tua vontade.
Sem falar, quando for hora de calar.
E sem calar, quando for hora de falar.
Nem ausente, nem presente por demais.

Simplesmente, calmamente, ser-te paz.
É bonito ser amigo, mas confesso é tão difícil aprender!
E por isso eu te suplico paciência.
Vou encher este teu rosto de lembranças,
Dá-me tempo, de acertar nossas distâncias...

Pe. Zezinho