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Tudo gigante,
acelerado,
polarizado,
e eu aqui,
miúda,
passageira,
esparsa,
alucinando cores
para significar
os dias.
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Vê,
aqui,
há noites
em que me desconheço.
Há floresceres que
eu desperdiço
na ânsia de calcular os passos.
Cuida dos meus olhos
enquanto me for escuro
realocar desejos
nas paredes do coração?
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Eu tenho medo
que a gente se acostume.
Que os ruídos,
os gestos,
os semblantes
não sejam mais
atalho para as nuvens.
Que nosso olhar
um para o outro
seja enviesado,
e que as biografias
tropecem nas diferenças
e se machuquem.
Eu tenho medo que o mundo seja tão grande que, sedentos por desbravá-lo,
nos esqueçamos de cultivar constelações
no teto do nosso quarto.
||| Patrícia Pinheiro tem 26 anos, é natural de Santa Maria — RS, morando em Florianópolis -SC. É formada em Psicologia e amante das palavras. Poeta e escritora, compartilha seu trabalho em suas redes sociais, é colunista do site "Conti outra" e está trabalhando em seu primeiro livro de poesia.
Belas metáforas da poeta Patrícia...Parabéns a ela.
ResponderExcluirObrigado pelo comentário, Sylvia. Realmente parabéns para a Patrícia Pinheiro. Bjo, Ismael.
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