Deus-índio acordou muito cedo e muito cedo saiu pra caçar.
De pé, na ponta aguda de uma nuvem, procura com seus olhos verdes a caça preciosa.
Aqui, na terra, tudo era silêncio e escuro.
De súbito, um canto fino, muito fino furou o espaço e chegou aos ouvidos do caçador.
Deus-índio, que estava sempre alerta, pegou do arco e atirou.
Um gemido prolongado ecoou pela terra.
Era o pássaro-manhã que morria varado pela flecha, que era o sol...
Lobivar Matos
Realmente, ele foi um inovador e um notável poeta.
ResponderExcluirA mais pura verdade, um grande poeta. Abraço, Ismael.
ExcluirNos início dos anos 70, pesquisando poetas do então velho MT, conheci a produção literária de Lobivar Matos. Fiquei fã. Obrigada, poeta Ismael, pela bela postagem.
ResponderExcluirObrigado Sylvia, ler Lobivar é sempre apaixonante. Abraço, Ismael.
Excluir