“Eu vi um barco, taciturno, dançando, flutuando sobre as areias do deserto. As areias eram amarelas, febris, e tossiam aos ventos, elas eram d’uma tessitura invisível e penetravam até os sensíveis alvéolos.
“Eu vi a sombra do que não existe, e o reflexo dela, sob uma aparente realidade, e isso me pareceu algo triste e sombrio.
"Vi águas bailando
pelos ares nos altos céus e elas tocavam o ápice duma Torre de Babel, elas
beijavam as bocas dos homens e lhes confundiam os sentidos, o destinos, elas
lhes liquidificavam e, naqueles dias inéditos, impensados, fluíam em vozes, sussurros, pelos muitos regatos do mundo.”
William Whitman
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