Tudo fica apertado em mim:
A roupa, os sapatos, o amor.
Os anéis também ficam muito pequenos
Até os elos se rompem.
Os espelhos não me abarcam
Os olhos ficam verticais
Em meio ao lírico e o dramático
Escorre um suor branco
Com sabor de mar
que vai roubando o futuro gota a gota.
Uma manhã caminha sobre o meu corpo,
Subitamente eu arranco a vergonha
de me espremer entre uma coisa e outra
E vago por um país pequeno
Que quase já não me cabe.
Lucilene Machado
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