Sei que é inevitável que eles voem em todas as direções como andorinhas adoidadas.
Sei que é inevitável que eles construam seus próprios ninhos. Mas, o que eu queria, mesmo, era poder fazê-los de novo dormir no meu colo…
Esse movimento de ir e vir, segurar, soltar e acolher.
Mas chega um momento em que a realidade bate à porta e escancara novas verdades.
É chegado então o tempo de recolher.
Criamos situações desnecessárias para mostrar o quanto somos imprescindíveis.
Ansiamos por congelar o tempo lambuzados de sabor doce e amargo.
Aprendo que tudo passa, menos o movimento.
Aprendo que existe uma criança em mim que ao ver meus filhos crescidos se assusta por não saber o que fazer.
Aprendo que é preciso ter coragem para deixar voar...
Rubem Alves
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