Comida mineira, gostosa
delícia caseira,
Que entre farturas comes
faceira.
Depois a soneca na rede,
Do trabalho deixar a
canseira.
Vida boa, vida breve, sim,
passageira,
Vida bela, nas coisas
simples:
O café no fogão, a mulher
que chama na cama.
A alegria e a paz fazendo,
cozendo rimas.
Paixões são depuradas à
beira desse fogo de lenha
A estalar fagulhas
fagueiras.
Ali, onde as carências
transmutam-se em cinzas
E o desejo do belo acende
e arde incessante.
Um carinho temperado, uma
voz angelical, um gesto,
Convidam para a mesa de
delícias,
De tesouros culinários das Minas Gerais.
William
Whitman
(Do livro Sonho e pó, 2013)
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