Manoel,
o poeta, virou vegetal
e
se plantou nesse mesmo solo
ao
qual deu vida, junto de caramujos, ipês,
insetos,
jacarés, araras, jabirus e sabiás...
Ele
era mesmo da feitura de Barros
e
à sua terra (pó), à sua letra (sopro)
literalmente
retornou...
Ou,
talvez, virou passarinho,
que
alça asas adredes ao vôo
que
se levanta do seu ninho de letras,
de
fazedor de palavras,
de
horizontes e de amanheceres...
O
vaso de poemas pintou a natureza viva,
o
livro de versos reescreveu a vida,
o
nosso tuiuiú,
do
jeito mais natural,
saiu
da asa
e
adentrou o azul celeste...
Foi
confabular com as estrelas.
Ficar
encantado junto de Guimarães Rosa
e
Manuel Bandeira.
Nosso
passarinho-poeta emoldurava as miudezas
em
palavras odoríficas,
travestidas
de bichos; eram palavras fertilizadas
nos
pântanos das linguagens.
Na
partida, ao romper o fio poético, vi raios e trovões
rasgarem
as páginas do firmamento,
enquanto
o meu corpo lírico estremeceu na terra.
...os
beija-flores também adormecem,
mas
as suas cores permanecem na retina,
iguais
às vivas letras,
perenes,
imortais em toda memória...
Ismael
Machado
Poeta
sul-mato-grossense
Maravilha de homenagem querido amigo Ismael, bjs.
ResponderExcluirQuerida Carmen, muito obrigado. Beijo, Ismael.
ResponderExcluirQue bela homenagem! Bjs
ResponderExcluirQuerida Ana Paula, muito obrigado pelo seu elogio. Beijo, Ismael.
ExcluirA poesia é linda
ResponderExcluirAdriany, muito obrigado. Você é especial. Beijo. Ismael
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