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domingo, 14 de dezembro de 2025
sábado, 13 de dezembro de 2025
Presságio de Fernanfo Pessoa
O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar pra ela,
Mas não lhe sabe falar.
Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente...
Cala: parece esquecer...
Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
P'ra saber que a estão a amar!
Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente.
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!
Fernando Pessoa
quinta-feira, 11 de dezembro de 2025
Estou de pé, de Lilian Maial - Parte Ii
Parte II
Eu estou de pé.
Com o ventre em chamas,
a boca sedenta,
os pés descalços,
bailando na fogueira e gargalhando.
Porque já percorri todas as trilhas,
escalei todas as montanhas,
montei em todos os arcos-íris
e cavalguei em pelo,
contato íntimo,
dona das minhas vontades.
De todos os julgamentos,
todas as ofensas proferidas por bocas incomodadas com minha liberdade,
todos os limites e punições impostos pela sociedade dominante,
eu estou de pé.
Das dores das mulheres que vieram antes de mim,
das lutas travadas contra moinhos que moíam suas vidas,
eu me ergo.
Sou a que perpetuará a existência,
a rocha que estará lá, apesar das ondas e dos anos,
segura e firme em suas crenças.
Apoio para as que virão,
sem carregar o pânico e a desventura,
eu estou de pé,
como quem enxerga o fim da treva.
Eu estou de pé,
como quem resiste aos açoites das águas.
Estou de pé,
como quem soletra a palavra fincada na pele,
estou de pé,
empunhando a sentença da mulher que vence,
da mulher que escolhe,
da mulher que dança,
da mulher que canta,
da mulher que cai e se levanta
e vai.
E, por tudo isso,
eu estou de pé.
Por minha filha,
eu estou de pé.
Por minha neta,
eu estou de pé.
Por todas e tantas mais,
eu estou de pé.
Eu estou de pé!
De pé!
Sempre de pé!
Lílian Maial
Todos juntos pelas mulheres, pela vida e.
pela.nao-violência.
quarta-feira, 10 de dezembro de 2025
Estou de pé, de Lilian Maial - Parte I
Todos juntos pelas mulheres, pela vida e
pela.nao-violência.
Eu posso ser excluída dos registros,
ser apagada dos livros
e da memória dos que nunca me conheceram.
Posso ser empurrada para abismos e penhascos,
ser afogada nos lamaçais da mentira e da traição,
ser incinerada, como um arquivo desnecessário,
que, como a onda mais revolta,
me erguerei das profundezas e mostrarei minha força.
Sei que muitos ficam perturbados comigo,
preferem a distância,
mas não me dão paz,
que meus tesouros secretos atraem
e repelem na mesma intensidade.
E, como as palmeiras nas tempestades,
as velas dos barcos depois das tormentas,
a flor que insiste em brotar no jardim de cimento,
eu me erguerei em silêncio.
Eu estou de pé.
Posso até estar cabisbaixa e triste,
aglutinar poças de lágrimas,
sofrer noites de insônia e solidão,
mas, como um braço certeiro em meio à multidão,
como a roupa no varal durante a ventania,
como o amor supostamente adormecido,
eu me erguerei sem titubear
e estarei de pé.
Eu estou de pé.
Tenho medo? Alguma fraqueza?
Coleciono feridas?
Decerto que sim.
Tenho uma alma peregrina e intensa,
e um coração que abriga as minhas riquezas,
essas que tanto provocam a cobiça e o assombro.
Podem me esfolar em versos,
me dilacerar com a indiferença,
podem me aniquilar com ódio,
tentar me calar a voz,
que, mesmo com todos os lances contrários,
meu sangue ferve,
meu sexo pulsa,
minhas pernas são firmes,
e eu estou de pé.
(Continua na Parte II).
Lílian Maial
terça-feira, 9 de dezembro de 2025
domingo, 7 de dezembro de 2025
sábado, 6 de dezembro de 2025
sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
quinta-feira, 4 de dezembro de 2025
quarta-feira, 3 de dezembro de 2025
terça-feira, 2 de dezembro de 2025
segunda-feira, 1 de dezembro de 2025
domingo, 30 de novembro de 2025
sábado, 29 de novembro de 2025
sexta-feira, 28 de novembro de 2025
quarta-feira, 26 de novembro de 2025
segunda-feira, 24 de novembro de 2025
domingo, 23 de novembro de 2025
Sou poeta das esquinas
Sou poeta das esquinas
dos bares
dos seres.
Sou poeta das quimeras
das meras
verdades
dos seres.
Sou poeta dos encantos
dos cantos
presos
dos seres.
Sou poeta das palavras
que brincam
dentro
e fora dos seres!
Sou poeta do claro
do escuro
da meia luz
dos seres
nus!
Sou poeta
da verdade
pintada em telas
imaginárias
dos seres.
Carmem Lucia
terça-feira, 18 de novembro de 2025
segunda-feira, 17 de novembro de 2025
domingo, 16 de novembro de 2025
sexta-feira, 14 de novembro de 2025
A Ti...
Tu,
cujos olhos, desde teu introito,
fizeram-me ansiar promulgar nossos laços
num poético sacro conúbio
com a eternidade da vida.
fizeram-me ansiar promulgar nossos laços
num poético sacro conúbio
com a eternidade da vida.
Tu,
cujo humor e alegria
fariam Schopenhauer desprender-se
de seu abismo de melâncolia
Do seu mundo distópico e caótico.
Tu,
cuja voluptuosidade que me atinge
é semelhante às passagens de Nietzsche…
quando alcança minha vontade de Leão,
és o mais cordial,
és as flores embalsamadas
e os campos da literatura bucólica,
és a liberdade de um escravo comprado.
Tu,
que me transformas de ordinário em extraordinário
com o mundo que crias ao teu redor,
tão belo e justo
quanto o mundo idealizado por Sócrates e Platão.
Tu,
que, por fim,
me fazes nadar no mar da poesia romântica,
pois meu mundo contigo
é o mundo onde sempre quero viver.
Obrigado!
Pedro Múcio
segunda-feira, 10 de novembro de 2025
domingo, 9 de novembro de 2025
quinta-feira, 6 de novembro de 2025
quarta-feira, 5 de novembro de 2025
terça-feira, 4 de novembro de 2025
segunda-feira, 3 de novembro de 2025
domingo, 2 de novembro de 2025
sexta-feira, 31 de outubro de 2025
Equilíbrio, uma busca constante...
Não sejas demasiadamente justo,
nem demasiadamente sábio;
por que te destruirias a ti mesmo?
(Eclesiastes, 7:16)
quinta-feira, 30 de outubro de 2025
quarta-feira, 29 de outubro de 2025
segunda-feira, 27 de outubro de 2025
Amor é fogo que arde sem se ver.
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que se ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Luís de Camões ✍🏻
domingo, 26 de outubro de 2025
sábado, 25 de outubro de 2025
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