Poema dedicado a Schopenhauer
Homem, passo a passo, cabeça baixa;
Metido em teu mundo, à parte, a pensar.
Buscas seguir, caminho incerto.
Aonde vais, joão-ninguém, não mais.
Que fazeres pensas, e encontrares queres.
A chorar tua própria sorte má.
Que dê, o teu ânimo e coragem, onde
Juventude? Só velhice, doída e só...
Tristeza querendo alegrar-se, e a miséria
A sorrir com desdém o destino
De ninguém, ou saberás tu alguém?
Não! Esse fado é pesado, cruel esse ser.
E te pões a carregá-lo nesta angústia mesma
De existir, est’outro-em-ti
A fremir, no desejo de sair.
Liberdade vez não tem pr( ‘ ^)esta ansiedade...
Fonte: livro Folhas de Março, 2006
O poeta tem uma forma especial e envolvente de distribuir significado as palavras de modo a deixar o leitor a escutar... Parabéns Fernando Bandeira! Lindo poema!
ResponderExcluirCaro Cassiano, obrigado pelas suas belas palavras. Um abraço, Fernando Bandeira.
ResponderExcluirHomem um abraço e siga perseguindo o que você quer.
ResponderExcluirGrato, um grande abraço! Ismael Machado
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