domingo, 16 de junho de 2013

Bordado de nuvens e de asas

Deixa-me ser o que sou,
O que sempre fui, um rio que vai fluindo...

Em vão, em minhas margens cantarão as horas,

Me recamarei de estrelas como um manto real,
Me bordarei de nuvens e de asas,
Às vezes virão a mim as crianças banhar-se...
Um espelho não guarda as coisas refletidas!
E o meu destino é seguir... é seguir para o Mar,
As imagens perdendo no caminho...
Deixa-me fluir, passar, cantar...
Toda a tristeza dos rios
É não poder parar!

Mario Quintana


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