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quarta-feira, 30 de março de 2016
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segunda-feira, 14 de março de 2016
domingo, 13 de março de 2016
Nas entrelinhas da injustiça -Parte III
Vendedores informais,
trabalhadores são os heróis
do dia-a-dia,
insistentes, intentam a sobrevivência,
nas ruas vendem o
suor de seus corpos sacrificados,
porém, dalgum modo
justo, sem os colarinhos brancos
e palaciais, embora a
pele corada pelo sol da justiça.
O sagrado oceano
Atlântico-Sul engolirá as maldades,
manifestando ondas de
virtudes a se sobreporem.
Beija-flores com os
seus longos bicos
tocam os pólens das
flores e espargem o bem
e as suas benesses.
Venha, aos brados,
uma revolução de ternura,
sem os muros da
vildade, mas com todas as pontes
que reúnem a beleza e
a bondade.
Porém, não sei em que
esse poema vai dar,
por isso prossigo,
avanço, ao mar, aos riscos,
aos abismos de viver
ou morrer.
Põe-se o sol,
lentamente,
lá na linha tênue do
nosso horizonte...
Ismael
Machado
sábado, 12 de março de 2016
Nas entrelinhas da injustiça - Parte II
Louvado seja Castro
Alves, sua obra,
suas idéias
libertárias, pois quem sabe um dia
principiem a viger,
venham a estar em voga
neste pequeno orbe,
com sua essência,
seus valores eternos.
Salve Jorge Amado e
sua Tereza Batista,
Tieta do Agreste e
Dona Flor, seus maridos.
Salve os escritos
socialistas em prol do bem-comum.
Zumbi, Zumbi,
Palmares inda é aqui.
Palmares ainda existe
e resiste em face às
circunstâncias
adversas, em contrário à liberdade
que entranhadamente
buscava com espírito guerreiro.
Que os lírios
floresçam nesses vales.
Da barra de viver, o
farol nos aponte caminhos de sol e de mar, pois sigo a pino de vontade de
vencer.
Na praia de Piatã as
pipas retangulares e multicoloridas
sobem inocentes ao
azul-celeste,
essas pipas são os
ideais mais puros.
Em Brasília ou em São
Paulo, altos-executivos
são presos após a
operação denominada Lava-jato,
fruto duma vergonha
nacional, global,
graças a Deus, em grades trancafiadas...
Ismael Machado
sexta-feira, 11 de março de 2016
Nas entrelinhas da injustiça - Parte I
Ao
extraordinário poeta Gregório de Matos
De tão perto deste
porto, seguro de si, Álvares Cabral, flutuante sobre as cores verde e azul dos
mares imensos, proclamou o sol da Terra de Cabrália,
numa Bahia
santificada de Natureza.
Em caminho, o poeta
lia a carta escrita por Pero Vaz, sobre leite e mel e mil farturas na Canaã de
letras portuguesas, desde Luís de Camões.
Somente notas, linhas
poéticas do chão, do futuro
de um povo pobre
desde antão, quinhentos anos depois,
ainda por desbravar a
intensidade do anil
que o tinge em seu
céu,
que tinge a tez dessa
gente amada.
À vista, além de
terras e riquezas mil,
a malfadada política,
traçando rumos
ou desencaminhando o
porvir,
roubando dele as
canções, os hinos.
Salve São Salvador,
com os seus Jardins de Alah
e honestos
jardineiros, fiéis praticantes
das nobres virtudes,
mesmo onde a corrupção brilha
sob o sol de muitos
dias e aos olhos
de corrompidos e de
corruptores.
Ao som de valsas
vienenses D. Leopoldina baila
nos braços dum certo
Cerveró,
ele dum só olho caído
pelo dinheiro maldito,
ela inocente das
falcatruas, dos escusos dólares dele,
postos em Bancos
Suiços.
Nessa dança há
constantes tropeços em oscilações
político-econômicas,
com graves consequências sociais.
Valei-nos, bom São
Francisco e toda a bela natureza.
Valei-nos, ajudai-nos
Nosso Senhor do Bonfim,
enquanto vivemos na
eperança de melhores dias,
do sagrado ouro o
qual coroará as frontes sofridas
do povo e, oxalá, de
seus governantes vindouros
com o fogo das
intensas transmutações...
Ismael Machado
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