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domingo, 16 de agosto de 2015

O ventre da solidão!!!

Há uma solidão virtual enganando aquela real.
Há outra solidão dos músculos freqüentando academias.
Os músculos são ocos, vazios de um sentido maior,
eles fenecem com a glória da juventude entre névoa-nadas.

Beleza e solidão seguem lado a lado,
ambas são modos de escravidão para Mauricinhos
e Patricinhas dumas vidas quase vãs.
Solidão escultural, não dialogal,
enfileirada no rumo do não-relacional.

De óculos escuros, fones de ouvido e celular na mão,
com pose e script ela segue sendo a mesma solidão,
travestida em sentimentos maltrapilhos.

Eu vi o ventre da solidão e ele era feio e se contorcia em dores.

Oswald Barros
Do livro Folhas ao vento, 2015.

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