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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Índio pele azul celestial


Ao povo Guaicuru e seus remanescentes

Índio, teus olhos distantes, a vagar,
Veem antigas veredas, passadas...

Teus olhos contemplam, perdidos...
O encontrado dentro de si mesmo.

Os contornos de tuas faces
São quais planícies e montanhas,
Quimeras que miras...
Vastos campos interiores,
Os quais podes cavalgar, simplesmente,
Com teu olhar!

Às plagas eternas hás de tornar,
Os caminhos sempiternos reencontrar.

Índio, não sei dizer, confesso,
O queres dizer, assim, com teu olhar.
Sem igual, sem par, pois só tu
Podes contemplar.
Mires bem e não olvides do real,
Vivo, a brilhar, eterno,
Bem dentro, do teu olhar.

Ismael Machado
(Do livro "Folhas de Março", 2006) 

2 comentários:

  1. Olá Ismael, aceitei seu convite e vim conhecer seu blog. Gostei muito e adorei sua homenagem aos grandes escritores!
    http://saudadesdecampogrande.blogspot.com
    http://vivenciasvera.blogspot.com
    abraço enorme!

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  2. Muito obrigado Vera, verei os seus blogs, um grande abraço. Ismael

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